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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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domingo, 15 de março de 2015

Texto Parte 01 - Na minha sala de aula tem uma criança especial. O que fazer?



O que é deficiência?


“Deficiência é um conceito complexo que reconhece o corpo com lesão, mas que também denuncia a estrutura social que oprime a pessoa deficiente. Assim, como as outras formas de opressão pelo corpo, como o sexismo ou o racismo, os estudos sobre deficiência descortinaram uma das  ideologias¹ mais opressoras de nossa vida social: a que humilha e segrega o corpo deficiente [...] A deficiência passou a ser entendida  como uma forma particular de opressão social, como a sofrida por outros grupos minoritários, como as mulheres ou negros.” (DINIZ: 2007, p.09-10)

Como deve ser a postura inicial do Professor?

A escola que irá recebê-la necessita de um detalhado estudo sobre o seu desenvolvimento geral, seu histórico familiar, é preciso fazer um diagnóstico cuidadoso para saber se ele (a) necessita de um "Plano Individualizado de Adequação Curricular". Este plano de ensino deverá ser elaborado por uma equipe constituída pelos professores da classe, um professor especializado (caso a escola possua), professor coordenador pedagógico e familiares. É preciso conhecer também quais são as limitações deste aluno em particular, descobrir qual é o ritmo dele, as maiores dificuldades e facilidades.
A professora entra na sala cheia de ideias e energia, ávida em conhecer seus novos alunos, estabelecer os primeiros contatos: que bom seria se todos fossem obedientes e interessados... Que bom seria se todos chegassem no horário, se todos se comportassem bem, se quisessem ir ao banheiro ao mesmo tempo. Que maravilha seria se todos ouvissem igual, entendessem igual, interpretassem igual, aprendessem igual. Se todos aprendessem a ler e escrever no mês de maio, se compreendessem os efeitos do aquecimento global em uma só aula, se todos resolvessem equações algébricas sem dificuldades.

Que maravilha seria... Será que seria mesmo? Seria mesmo tão bom ter diante de si 20 ou 30 seres humanos iguais, que aprendessem do mesmo jeito e ao mesmo tempo? Mais do que improvável, seria chato!
É na diversidade que se aprende, do inesperado é que nascem as ideias, do desequilíbrio é que se faz a transformação. A sala de aula é o local onde se encontram diferentes crianças, vindas de diferentes famílias, cada uma com sua história e seus valores. 

Um dos pontos a serem levados em consideração: o receio do professor.

O professor que sente receio diante daquele aluno tão diferente (será mesmo?) dos colegas, provavelmente ainda não percebeu que todas as crianças são diferentes umas das outras, e que cada aluno merece um ensino personalizado. Por algum tempo se pensou que inclusão seria receber um aluno com deficiência e procurar torná-lo igual aos seus colegas. Hoje sabemos que incluir significa exatamente o contrário: o aluno é diferente e todos os seus colegas também o são. Ou seja, todos os alunos são diferentes

O professor, diante de um aluno com deficiência, pode ficar receoso devido ao desconhecimento do tema e aos preconceitos adquiridos em formações acadêmicas que ainda não previam o respeito à diversidade. Este professor, além de rever o modo como ensina, terá a oportunidade de rever seus conceitos e adaptar-se internamente para incluir. Preparar-se para receber esse aluno é preparar-se para crescer. É ter a coragem para abrir-se para o desconhecido.

A segunda questão: a ansiedade do professor

A ansiedade, um sentimento natural quando o ano começa com uma nova classe de alunos, e também natural no professor que conhece uma criança que inicialmente parece fugir dos padrões, pode ser positiva ou negativa. A ansiedade positiva o leva à busca de informações, instiga sua curiosidade e exercita sua criatividade. A ansiedade negativa congela, impede atitudes, traz consigo a tendência a produzir, estimular e se dedicar menos, reduzindo expectativas para evitar frustrações.

Esta ansiedade se atenua à medida que o professor percebe que não precisa saber tudo, dar conta de tudo, resolver tudo, à medida que vê os pais e terapeutas como aliados, e passa a acreditar em suas próprias capacidades, bem como nas do seu aluno. Reconhecer seus sentimentos em relação à inclusão e procurar orientação, ajuda e informações, conhecer outras experiências conversando com outras professoras, com a família e os profissionais envolvidos com a criança é uma das formas de realizar um bom trabalho e superar o receio inicial.

A terceira questão: a tranquilidade do professor

A tranquilidade estará presente no professor que encara este aluno como mais um, naquele que segue uma abordagem individualizada de ensino, que tem informações atualizadas sobre a deficiência, ou que simplesmente acredita que todas as crianças, devidamente orientadas e mediadas, aprendem. É esse o sentimento poderoso na inclusão: acreditar. Acreditar que, como professor, pode dar o máximo de si para ensinar, e que seu aluno, com ou sem deficiência, estará dando o seu máximo também. 

A quarta questão a considerar: a indiferença do professor

A indiferença talvez seja o sentimento que traz mais riscos à aprendizagem do aluno. O professor que encarar seus alunos de modo indiferente e superficial, colocar-se em um papel passivo na inclusão da criança com qualquer tipo de dificuldade, ou que optar em não enfrentar ou reconhecer a situação de aprendizagem de seu aluno, terá poucas chances de sucesso. O professor que assume esta postura em relação à aprendizagem de qualquer aluno deve reconsiderar suas escolhas.



Praça da Bandeira, 530 - Centro, Barro Alto/BA

Acompanhe estas dicas. Veja o texto completo!



Palestra por Edinei Messias -Psicopedagogo

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