RELATOS DE BRINCADEIRAS E HISTÓRIAS INFANTIS
Brincadeira 1
NOME DA HISTÓRIA • O Sapo e a flor
RECOLHIDA POR • Edinei Messias Alecrim
TRANSMITIDA POR • Marlene B. Cerviglieri
PROCEDÊNCIA • Desconhecida
FORMAÇÃO • A história se passa numa floresta, tendo como protagonistas o sapo e a flor.
DESENVOLVIMENTO • Numa floresta muito grande e cheia de bichos, habitavam várias famílias de animais.
Desde insetos e até mesmos leões com suas leoas e filhotes. Todos cuidavam de suas vidas e da comida também. Os macacos eram os mais alegres, pois estavam sempre brincando e pulando de galho em galho, como se fosse uma festa.Os pássaros regiam a orquestra, pois entre tantos gritinhos, urros e barulhos dos bichos parecia mesmo uma grande orquestra.
Estava um dia o sapo tomando seu banho de sol, quando ouviu que lhe dirigiam a palavra.Logo abriu seus olhinhos procurando quem com ele estaria falando!
Eis que vê uma linda flor cor-de-rosa cheia de pintinhas.
Assim estava dizendo ela: - Nossa que coisa mais feia! Nunca vi um bicho tão feio!
- Que boca tão grande, que pele tão grossa.
- Parece até uma pedra, aí parada, sem valor nenhum.
- Ainda bem que sou formosa, colorida e até perfumada.
- Que triste seria ser um sapo!!!
O sapo que tudo ouvia ficou muito triste, pois sempre que via a flor, pensava:
- Que linda flor, tão perfumada, que cores lindas, alegra a floresta!
Mas a flor agora havia se mostrado dizendo tudo aquilo do sapo.
De repente surge o gafanhoto saltitante e vê a flor, mas não o sapo.
A flor, quando o percebeu, ficou tremendo em seu frágil caule.
- Meu Deus, que faço agora?
Vocês sabem que o gafanhoto gosta de comer as pétalas de qualquer flor que encontre, e ela seria assim sua sobremesa.
O sapo, quietinho, quietinho, não se mexeu, e quando o gafanhoto se aproximou da flor, nhac... o alcançou com sua língua.
A flor que já se havia fechado, pensando que iria morrer, abriu-se novamente não acreditando no que havia acontecido.
Mas dona árvore que desde o início a tudo assistia, falou muito energicamente e brava lá do seu canto:
- Pois é dona flor, veja como as aparências enganam.Tenho certeza que a senhora gostaria mais do elegante e magrinho gafanhoto. No entanto, veja como ele teria sido tão mau com a senhora!
Às vezes pensamos e dizemos coisas sobre nossos semelhantes que não são verdadeiras. Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos, sabe por quê?
- Não - dizia a flor ainda tremendo de susto.
- Todos nos somos diferentes, de formas diferentes, e até pensamos diferente.
- Você sabe que existem também outras formas de se falar?
- Não. Não sabia - disse a flor espantada com a sabedoria da árvore.
- Pois então minha pequena, da próxima vez que for falar de alguém, pense antes, pois este alguém poderia ser você.
- Agora agradeça ao seu amigo sapo o favor que ele lhe fez, e também conte aos outros o que aprendeu aqui hoje.
Com sua vozinha fraca a flor disse ao sapo:
- Meu amigo, você é, realmente, amigo. Agradeço-lhe ter me salvado do gafanhoto e prometo que nunca mais falarei de ninguém.
- Aprendi a lição e dona árvore me ensinou também.
Todos os bichos que estavam assistindo bateram palmas.
E assim amiguinhos, aqui fica a lição: somos todos iguais. Existem bons e maus, mas podemos escolher de que lado vamos ficar.
VARIANTE
Brincadeira 2
NOME DA BRINCADEIRA • Boca-de-Forno
RECOLHIDA POR • Edinei Messias Alecrim
TRANSMITIDA POR • Edinei Messias Alecrim
PROCEDÊNCIA • Cidade de Barro Alto - Bahia
FORMAÇÃO • 5 a 10 participantes. Todos se colocam em círculo e no centro 01 participante será o denominado mestre que fará as perguntas conforme segue no desenvolvimento da brincadeira abaixo.
DESENVOLVIMENTO • Escolha antes quem vai ser o mestre. Ele é quem começa a brincadeira, dizendo frases que todo mundo tem de responder, assim:
- Boca de forno?
- Forno.
- Tirando bolo?
- Bolo!
- Maracujá?
- Já!
- Seu rei mandou perguntar!
- O quê?
- Se faz tudo o que ele mandar?
- Tudo!
- E quem não fizer?
- Ganha bolo!
- Seu rei mandou dizer para...
E aí, vem a ordem, que todo mundo tem de cumprir. Normalmente, o mestre pede para buscar alguma coisa, como uma flor ou uma pedra. O primeiro que trouxer fica livre, o resto toma bolo, que são tapas na mão de vários tipos.
Tem bolo frio (leve), morno (médio), quente (forte), de passarinho (beliscão de leve), de pai (bem forte) e de mãe (bem livre). Quem escolhe que bolo cada um vai tomar é o ganhador, que vira mestre na próxima jogada.
VARIANTE
Brincadeira 3
NOME DA BRINCADEIRA • Caí-no-Poço
RECOLHIDA POR • Edinei Messias Alecrim
TRANSMITIDA POR • Edinei Messias Alecrim
PROCEDÊNCIA • Cidade de Barro Alto - Bahia
FORMAÇÃO • Pode ser feita com 10 pessoas, sendo 5 meninas e 5 meninos, podendo acrescentar outras pessoas de acordo com o andamento da brincadeira. Sempre que acrescentar pessoas, essas devem ser sempre na mesma quantidade tanto para meninos, quanto para meninas;
• Deve ser providenciado frutas diversas;
• Os participantes devem estar dispostos em círculo e o escolhido fora do círculo, de costas para o interior do mesmo.
DESENVOLVIMENTO Meninos e meninas escolhem em separado uma fruta, escondido de quem foi escolhido para cair no poço. Ele terá de adivinhar a fruta no final. O menino que caiu no poço começa a brincadeira, e uma menina responde, assim:
Menino: - Ai! Ai!
Menina: - O que foi?
Menino: - Caí no poço.
Menina: - A água bateu onde?
Menino: - Pelo pescoço.
Menina: - O que se tira disso?
Menino: - Um aperto de mão e um beijo (ou qualquer coisa que ele escolher).
Menina: - Qual é a fruta?
Aí, quem "caiu no poço" responde. Se ele acertar a fruta, ganha da menina o que ele tinha pedido. Se não, sai da brincadeira, e outro menino entra no seu lugar.
VARIANTE
Brincadeira 4
NOME DA BRINCADEIRA • Dentro e Fora
RECOLHIDA POR • Edinei Messias Alecrim
TRANSMITIDA POR • Edinei Messias Alecrim
PROCEDÊNCIA • Cidade de Barro Alto - Bahia
FORMAÇÃO • No máximo 10 pessoas;
• Faz-se um desenho de um círculo que no seu interior possa agrupar 10 pessoas juntas;
• É interessante que o local seja amplo.
DESENVOLVIMENTO O organizador da brincadeira informa às crianças que dentro do círculo é a região conhecida como Dentro e fora do círculo é a região conhecida como Fora.
Todas as crianças toda vão para fora do círculo, ou seja, para “Fora” para que o jogo se inicie.
O organizador começa a falar em voz alta, as regiões para onde as crianças devem saltar e assim, se o organizador falar a palavra “dentro”, as crianças devem pular para cima do tapete (= “Dentro”) e quando falar a palavra “fora”, as crianças devem pular para fora do círculo (=“Fora”)
O organizador continua a falar as palavras mágicas (“Dentro ou Fora”) num intervalo cada vez mais curto (3 a 5 segundos) de forma absolutamente aleatória: Dentro, Fora, Dentro, Dentro, Fora, Dentro, Dentro, Fora, Fora, etc.
Como o tempo é curto e a cada mudança de palavra, as crianças devem obedecer e saltar, o risco de que algumas delas cometam um erro é grande.
Quando isto acontece, as crianças que erraram são eliminadas desta rodada.
Convém lembrar que os erros são de 2 tipos: a criança pode saltar para “Dentro” (ou “Fora”) indevidamente ou “esquecer” de saltar.
Quando só sobrar uma criança na rodada, ela é declarada vencedora desta rodada e ganha 1 ponto.
Sucedem-se 5, 10 ou 15 rodadas e declara-se vencedora a criança que tiver mais pontos.
VARIANTE;
Brincadeiras recolhidas por Edinei Messias Alecrim para apresentação na Pós Graduação em Psicopedagogia Clínico e Institucional
UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário