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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Conservação de peso

CONSERVAÇÃO DE PESO

1. Introdução
A conservação de peso, de uma quantidade dada de matéria, apesar das deformações que tal matéria pode sofrer, é uma noção quem se constrói posteriormente à invariante de substância; ou seja, que só se elabora depois de haver compreendido que as modificações da forma são neutras quanto a quantidade de matéria.
O fato de haver alcançado a noção de matéria não implica possuir a noção de peso, a qual, por sua vez antecede a noção de volume.
Freqüentemente as crianças que ainda não construíram a noção de peso, quando querem justificar que duas quantidades iguais de substância, com formas diferentes, pesam o mesmo argumentam dizendo que ambas possuem a mesma quantidade.

2. Objetivo

Avaliar a noção de conservação de peso.

3. Materiais

• 2 pedaços de massa (preferencialmente de cores diferentes) cada um dos quais permitam fazer uma bola com diâmetro de aproximadamente 4 cm;
• 1 balança com dois pratos cuja leitura seja pela posição de seus braços.


4. Procedimento
Fazem-se duas bolas com o mesmo peso e modifica-se a forma de uma delas; alargando-a, achatando-a e dividindo-a. Utiliza-se a pergunta de retorno empírico e contra-argumentações. Também se pode utilizar de verificações na balança pesando a substância experimental.

5. Administração

5.1. O entrevistador coloca a massa e a balança se certifica de que o entrevistado conhece a forma de pesar.

5.2. Se o entrevistado não sabe como funciona, o entrevistador pode explicar: "Quando os dois braços ficam na mesma altura é porque os pesos são iguais; se um prato fica mais alto é porque pesa menos e se fica mais baixo é porque pesa mais".

5.3. O entrevistador solicita ao entrevistado que faça duas bolas de massa que tenham o mesmo peso (se o entrevistado não pesa as bolas o entrevistador solicita que o faça para comprovar a igualdade).

5.4. O entrevistador solicita ao entrevistado que escolha uma (que ficará como teste).

5.5. O entrevistador deforma sua bola dando-lhe a forma de salsicha e pergunta: "E agora, como está o peso da bola e da salsicha; o mesmo, ou em uma há mais e em outra menos?".
5.6. Qualquer que seja a resposta do sujeito o entrevistador pede que explique por quê.

5.7. Qualquer que seja a explicação do sujeito (conservadora ou não conservadora) o entrevistador contra-argumenta tomando o ponto de vista oposto, ou não considerado pelo entrevistado" com ou sem a intervenção da opinião de um terceiro.

5.8. Se o entrevistado não é conservador e se o entrevistador considerar oportuno 'pode solicitar que o entrevistado pese o elemento teste (bola), e o elemento experimental (o:f deformado) e que explique por que pesam assim. Também pode realizar toda a prova sem voltar a pesar em cada deformação em que o entrevistado não responde conservadoramente e só faze-Io posteriormente.

5.9. Se o entrevistado não é conservador o entrevistador formula a pergunta do retorno empírico.

5.10. Se o entrevistado não responde adequadamente à pergunta de retorno empírico, o entrevistador realiza o mesmo, pesando os elementos teste e experimental antes de passar para a deformação seguinte.

5.11. Com similares estratégias empregadas de 5.5. a 5.10. o entrevistador continua a prova realizando as duas deformações que faltam.

6. Avaliação

6.1. Níve1. Não conservador (até os 6-7 anos).
A não conservação de peso é característica do pré¬-opertório e do início do operatório concreto.
O sujeito julga frente às transformações que um dos elementos - teste ou experimental deformado - pesa mais. Pode ou não resolver adequadamente o retorno empírico.
6.2. Nível 2. Em transição (entre os 8 e 9 anos aproximadamente).
As condutas intermediárias são próprias do sujeito que já alcançou o primeiro nível do operatório concreto.
Podem-se observar opiniões que oscilam entre a conservação de três maneiras distintas:
o sujeito julga, frente a uma mesma deformação, que os pesos são iguais e diferentes: "A bola e a salsicha pesam igual... não, a bola pesa mais..., não a salsicha pesa mais".
alterna opiniões de conservação e não conservação nas diversas transformações: ''A bola e a salsicha pesam igual"; "A bola e a torta não pesam igual". uma opinião conservadora ou não conservadora é modificada ao contrário frente a uma contra¬argumentação.
6.3. Nível 3. Conservador (a partir aproximadamente dos 8-9 anos).
Em cada uma das transformações, o sujeito manifesta que os pesos são iguais, não modifica seus argumentos frente às contra-argumentações e consegue justificar usando um ou mais argumentos (de identidade, reversibilidade e compensação).

UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO

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