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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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domingo, 16 de janeiro de 2011

Como criar jogos de alvo com os alunos da pré-escola

Foto: Eduardo Lyra

Para criar seus próprios jogos de alvo, as crianças precisam saber planejar, escolher os materiais utilizados e discutir as normas da partida.

Jogos são essenciais na Educação Infantil por desenvolverem a autonomia e a sociabilidade dos pequenos. A atividade faz com que eles se relacionem uns com os outros e aprendam a esperar a vez e cumprir regras. E tão importante quanto jogar é o professor propor a criação dessas brincadeiras pela garotada, o que inclui trabalhar nas regras, nas peças, no suporte e no acabamento, escolhendo como revestir ou pintar. Com isso, você ajuda a turma a desenvolver várias habilidades, como tomar decisões e exercitar a imaginação, com a vantagem de aprimorar a coordenação motora e a capacidade de transformar objetos. "As crianças conseguem inventar materiais desafiadores, apropriados à sua inteligência. Como gostam de ficar mentalmente ativas, elas não continuam jogos que se tornam muito fáceis ou não funcionam", escreve a pesquisadora norte-americana Constance Kamii no livro Jogos em Grupo na Educação Infantil. 

Além de divertidas, essas situações são proveitosas quando feitas com a intencionalidade do educador. Por isso, tenha claro: qual é o seu objetivo? O que as crianças vão aprender? Quais encaminhamentos devem ser feitos? É necessário preparar materiais? 

Para as crianças aprenderem a elaborar jogos, inicialmente precisam ter contato com eles. Uma opção interessante são os jogos de alvo, como boliche, bilhar, bola de gude e argola. Eles favorecem a estruturação do espaço, já que exigem conseguir acertar a mira ajustando a força à distância. Se a opção for outros jogos em grupo, como os de esconder, de corrida, de perseguição, de descoberta, de cartas ou de tabuleiro, apresente outras referências. Sabendo das diferentes possibilidades, os pequenos prestam atenção em como funcionam, o que é mais desafiador ou mais agrada, e utilizam essas ideias no momento da construção de seus novos jogos.

Foto: Eduardo Lyra

PREPARO DO MATERIAL
Escolher as cores, decidir a quantidade de água e fabricar a bola é função de professor e crianças



Um bom trabalho exige materiais variados: tampinhas de garrafa, papelão, botões, fita crepe, bolinhas de gude ou borracha, barbante, elástico, cola, arame, tesoura, tinta, giz de cera, sementes, retalhos de madeira, adesivos e pedrinhas são só algumas das opções. Tendo os itens selecionados, prepare o ambiente de trabalho: organize-os em caixas e deixe-os ao alcance dos pequenos. 

Em seguida, peça que os participantes façam um esboço com papel e lápis do jogo que desejam construir e apresentem suas ideias aos colegas. A intenção é que pensem nos prós e contras daquilo que projetaram para alcançar um resultado melhor. Fique atento para dar voz aos que tenham dificuldade de se impor. "As contribuições talvez sejam caóticas por alguns instantes, mas o professor pode aprimorá-las", diz Adriana Klisys, diretora da empresa de consultoria em Educação Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo. Outra etapa essencial do trabalho é a elaboração das regras. Elas podem ser criadas aos poucos, durante as discussões, já que são o resultado de uma construção permanente (leia o projeto didático).

Foto: Eduardo Lyra
REGISTRO NO QUADRO
Enquanto alguns jogam, outros ficam
responsáveis por anotar a pontuação
no quadro
Na turma de Cristiane Ferreira da Silva, da Creche Idalina Ochôa, em Florianópolis, as crianças de 5 anos tiveram de quebrar a cabeça para fazer um jogo de boliche. Para deixá-lo bonito e funcional, elas preencheram garrafas plásticas de refrigerante com água e guache. Para fabricar a bola, usaram jornal, cola e fita adesiva. "Quando tudo estava pronto, tivemos uma surpresa: as garrafas pesavam demais e a bola não conseguia derrubá-las", conta Cristiane. Começaram inúmeros testes, enchendo e esvaziando garrafas, diminuindo a distância entre o participante e o alvo e aumentando o peso da bola. E o jogo, enfim, deu certo. A garrafa foi preenchida até a metade, a bola de jornal foi recheada com uma pedra e pronto: com um pouco de mira, os pinos foram derrubados e as crianças se alvoroçaram. O planejamento da professora precisou incluir também o tempo gasto com o acabamento: as crianças adoram essa etapa e é ótimo que deixem o jogo atraente e imprimam uma marca autoral. Elas se sentem protagonistas do trabalho e reconhecem os cuidados que tiveram. Para Adriana, as crianças passam a se enxergar produtoras de cultura, e não meramente consumidoras. "Se até poucos anos atrás era comum os pequenos fabricarem seus próprios brinquedos, hoje não é. Embora existam muita variedade e opções à venda com preços acessíveis, o comprar e o criar podem andar juntos", diz a especialista.



Revista nova Escola - a fonte

EDINEI MESSIAS ALECRIM - Pedagogo; Psicopedagogo; Graduando em Serviço Social; Profissional de Segurança Pública Endereço na web: edineimessias@hotmail.com edineimessias@yahoo.com.br

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