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Barro Alto, Bahia, Brazil
A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A planta da minha casa

A PLANTA DA MINHA CASA
1. Objetivo
Conhecer a representação do campo geográfico do lugar onde se mora e a localização real dentro do mesmo.
2. Materiais
Folhas tamanho sulfite
Lápis preto
Borracha
Régua
3. Procedimento
3.1. Solicita-se ao entrevistado que desenhe a planta da sua casa.
3.2. Propõe-se que coloque os nomes em cada cômodo da mesma.
3.3. Pede-se que indique de quem é cada quarto.
3.4. Pergunta-se se o entrevistado gostaria mais de usar outro quarto, ou dividi-Io com outra pessoa (no caso de ter irmãos ou outros familiares) e por quê.
3.5. Realizam-se perguntas complementares que pareçam convenientes.
4. Fundamentos
A casa é um dos lugares mais significativos, é onde um sujeito aprende e estuda. Estas aprendizagens estão vinculadas tanto às pessoas como aos luga¬res físicos nos quais se produzem.
É freqüente observar nas plantas da casa realizadas por crianças, como a distribuição dos quartos não tem nada a ver com as comodidades reais. Como uma criança pequena, que está situada longe do quarto dos pais ou como duas crianças de sexos distintos ocupam o mesmo quarto, enquanto há quartos que ficam vazios.
Também é interessante dizer que os espaços físicos não só são espaços físicos, mas estão carregados de um conteúdo emocional, muitas vezes dado pela dinâmica e pelas normas do contexto familiar: espaços que não podem ser
usados ou que determinados membros não podem usar ou que não podem ser usados para determinadas atividades.
O vínculo estabelecido em função da permissão e da proibição tem um papel fundamental na aprendizagem e na escolha vocacional: «os objetos pelos quais posso me interessar, com os que posso ou não interagir».
A casa (ou apartamento) constitui um cenário dinâmico que com muita freqüência está unido ao lugar de trabalho de ambos ou de um dos pais (loja, escritório, consultório) onde não só importa o conteúdo da atividade que é realizada na mesma, como também as operações lógicas, físicas e fantasmáticas.
Indicadores mais significativos ¬
Detalhes do desenho
Tamanho da planta
Mobílias dos espaços
Inclusão de objetos de enfeites
Pessoas
Aberturas
Espaços fechados e abertos
Possíveis localizações do próprio quarto
Moradia central ou periférica
Próxima ou distante dos pais
Com função única ou múltipla
Comentários sobre o quarto
Aceitação
Rejeição
Indiferença
Objetividade
Escolha do quarto
Pelo ocupante Pelos pais
Pelo grupo familiar
Lugar de estudo
Mobílias
Isolam ento- integração
Iluminação
Materiais
Disponibilidade de horários
Lugar de reunião familiar Onde
Quem
Como
Por que
Quando
Possíveis interpretações dos indicadores
Detalhes do desenho
O tamanho da planta da casa ou apartamento em relação à folha utilizada é revelador do sentimento básico com o qual o entrevistador se vincula com o meio geográfico 11,0 qual habita. São três as respostas mais típicas a este respeito: a) o desenho é pequeno e ocupa um espaço reduzido da folha; b) o desenho ocupa toda a folha e c) o desenho não pode ser realizado em uma única 'folha e o entrevistado necessita estender-se em outra ou outras folhas. O primeiro caso geralmente corresponde à uma inibição para com o uso do espaço, ao qual pode acompanhar uma diminuição no uso do potencial emocional com que investe os cenários, situações e objetos com os quais aprende. E o uso de t mais de uma folha, certo descontrole, falta de antecipação e um vínculo negativo ou instável com a aprendizagem em geral e com o estudo sistemático em particular. O mobiliário dos espaços evidencia a representação que se possui no campo de consciência do campo geográfico; vale dizer o vínculo do ponto de vista representativo. A análise de diferentes registros mostra estilos detalhistas, descuidados, confusionais, exibicionistas, austeros, etc. Os obje¬tos de enfeite por sua vez revelam a característica do entrevistado - particular¬mente quando pertencem ao seu próprio quarto, que não é compartilhado com ninguém - como a concepção familiar a esse respeito: casas práticas, arrumadas, sobrecarregadas, etc., que são palie dos modelos de identificação. Aqui se pode constatar com clareza a afirmação do DI'. Enrique Pichon-Riviere quanto a que não só se internaliza o grupo humano, mas também até a paisagem física do meio. As pessoas geralmente não são desenhadas e sua inclusão na planta da casa pode ter significações muito diversas e comumente contraditórias (aceitação/rejeição), motivo pelo qual sempre é necessário investigar durante o interrogatório posterior. As aberturas representadas, esquecidas, deslocadas e objetivas se encontram diretamente vinculadas aos canais de comunicação imaginários e reais. A omissão de espaços fechados e abertos. possui diferen¬tes níveis de significação: a capacidade de vincular-se e aprender em relação a situações relacionadas ao mundo artificial e ao mundo natural, à desvalorização das condutas mentais ou das corporais e de relação com o mundo externo, etc.
Possíveis localizações do próprio quarto
A localização em um quarto central ou periférico -levando em consideração as reais possibilidades do domicílio - são indicadores da dinâmica familiar criada pelos pais.
Enquanto o fato de ocupar um quarto central regularmente implica uma posição de «estrelato», a periférica possui significados totalmente distintos: autonomia, liberdade, etc.; porém, em algumas situações, também, rejeição ou desvalorização. O fato de o quarto se situar próximo ou distante do dos pais ¬sempre levando em conta a disposição geral dos ambientes da casa real – está intimamente vinculado à super proteção, controle, submissão, desvalorização, quanto às capacidades de auto-desempenho. Ser único ou compartilhado também costuma ter grande significado; pode ser compartilhado com um dos pais ou ambos, um irmão do próprio sexo ou distinto, de uma idade próxima ou não, com um avô, etc. Também o fato de dispor de um cômodo com função única ou múltipla tem importância: dormir na copa, na sala de estar, no escritório em algum lugar que simultaneamente está destinado a outro uso; isto não leva a intimidade e o desenvolvimento da identidade.
Comentários sobre o quarto
Como na planta da sala de aula, os comentários podem revelar aceitação, rejeição, indiferença e objetividade, com significados similares como quando referem à sala de aula, mas a diferença com relação àquela situação, é que i interessa detectar - dada a maior autonomia que uma pessoa poderia ter 1 modificar seu espaço físico vital - as tentativas ou não que realizou para ir ao quarto e o grau de aceitação e resistência que o meio lhe ofereceu.
Escolha do quarto
A maneira de acordo com a qual foi escolhido o quarto: pelo ocupante, pelos pais ou pelo grupo familiar possui grande importância, e em particular a :ir dos 8 ou 10 anos em diante, assumindo um significado particular na adolescência. Esse aspecto da escolha geralmente se encontra vinculado à Jília e enfeites do mesmo. Na adolescência a permissibilidade para colocar azes, pôsteres, decalques, flores, plantas, etc., e o uso ou não da mesma são reveladores dos vínculos de aprendizagem e das influências familiares para eles se constituam, assim como também da escolha vocacional que liminarmente a família está impondo. .
O lugar de estudo
É altamente significativo e revelador do vínculo de aprendizagem que se estabelece nas situações em que este se realiza através do estudo. A mobília quando em tamanho e possibilidades de uso, o conveniente isolamento e Gração do resto do contexto da casa - que permita a concentração e sentir¬ acompanhado - a iluminação apropriada, os materiais necessários - segun¬do caso: livros, dicionário, etc. - e as disponibilidades de horários facilitam a compreensão dos estilos de aprendizagem que se podem estruturar.
Lugar de reunião familiar
As perguntas complementares podem revelar se existe na casa um ambiente de reunião familiar em momentos distintos do café da manhã, almoço, lanche e jantar. “Onde, quem, como, por que e quando se reúnem são critérios que vem para entender mais especificamente os modelos familiares de aprendizagem: “onde”: na parte exterior e na cozinha ou no escritório do pai; em”: todos, pai e filhos homens, etc.; "como": fazendo algo ou exc1usiva¬lte para conversar; "por que": para um intercâmbio de idéias, para estabelecer mas de funcionamento familiar e outros motivos; "quando": regularmente em ocasiões especiais.
BIBLIOGRAFIA:
VISCA. Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua interpretação. 1ª edição - Bueno Aires: Visca & Visca, 2008.
UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO

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