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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A globalizaçã da economia e o neoliberalismo

APRESENTAÇÃO
Edinei Messias Alecrim - Pedagogo
Graduando em Serviço Social
Pós-graduando em Psicopedagogia Clínico e Institucionao e
complementação no Magistério Superior


A presente pesquisa que aqui será apresentada visa tecer algumas considerações em torno do conceito de Globalização da Economia e o Neoliberalismo. Nesse sentido, também permitirá uma discussão sobre as consequências do contexto político-econômico do mundo globalizado, traçando análises mais especificamente no cenário brasileiro.
Todavia, a reflexão sobre o processo de globalização da economia e o neoliberalismo desencadeará a necessidade de se traçar alternativas viáveis e possíveis para se minimizar os efeitos negativos desse ideário político-econômico até então concretizado.
Contudo, acredita-se que o presente trabalho proporcionará ao estudante de Serviço social uma reflexão crítica em torno do processo de globalização da economia, bem como dos efeitos neoliberais na atual conjuntura brasileira, traçando um perfil necessário ao profissional que atenderá uma clientela oriunda do cenário excludente provocado de forma exclusiva pela mundialização do capital.


GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA E O NEOLIBERALISMO


O termo Globalização, recebe muitas outras nomenclaturas. No cotidiano da atual conjuntura mundial, fala-se no estabelecimento de uma Nova Ordem Internaciona nos campos da política, da economia e da produção. Denominada também de “Aldeia Global”, por acelerar no contexto mundial a comunicação e de certa forma fragmentar culturalmente povos e nações. Conhecida também, a globalização como “Desterritorialização”, ou seja, a busca desenfreada por produtos de baixo custo para serem vendidos a custos mais altos em outros países, acelerando o lucro demasiado, quebrando empresas nacionais, aumentando de forma satisfatório o desemprego.
Já o termo “Neoliberalismo”, tem sua origem significando “Neo= novo e Liberalismo= a ideologia que prega a defesa dos principios do capitalismo, baseado na propriedade privada e na liberdade das empresas, significando que o poder político (Estado) não pode intervir na economia. Nesse tocante, significa também, a liberdade de pensamento, o individualismo.
O Neoliberalismo retoma os fundamentos do “Liberalismo” que surgiu na Europa, no final do século XIX, que deu margem para a aceleração, desenvolvimento e expansão do capitalismo pelo mundo. Atualmente as políticas neoliberais são as principais responsáveis pelo empobrecimento geral e pela exclusão social dos mais empobrecidos.
As mudanças políticas-econômicas acontecidas ao longo dos anos no mundo, especialmente o processo de Globalização da economia, refletiu de forma negativa, acarretando no cenário econômico a exclusão social.
O cenário de exclusão social se alterou consideralvelmente em virtude da má distribuição de renda em temos mundiais, bem como especialmente no Brasil. O termo exclusão social tem intima relação com a globalização da economia, pois este designa o surgimento de novos problemas sociais relacionados ao desemprego, imigração, falta de moradia, de acesso a saúde, a educação, à informatização, e aqueles que não encontram meios de se inserirem no mercado de trabalho. Pois: (Ferreira, 2008, p. 83)
Participante de uma ‘aldeia global’, o homem é, ao mesmo tempo solitário e incomunicável e incapaz, muitas vezes, de acompanhaar os avanços tecnológicos mostrando-se analfabeto diante da linguagem do ‘novo’ que se apresenta (quantos não sofrem para ‘dialogar’ com a caixa eletrôncia de uma gência bancária informatizada ou para simplesmente usar um celular?).
Na conjuntura atual a globalização determina novos conceitos para as minorias mais pobres: “novos pobres”, ou seja, são aqueles afetados de uma forma ou de outra pela restrição ao emprego, pela necessária e até obrigatória ascenção aos nível cultural (educação), política pública que muitas vezes não chega com qualidade a todos. Assim sendo, tal discussão identifica os grupos sociais que ao longo dos tempos estão perdendo seus direitos de cidadania, acabando por enquadrarem nas políticas emergenciais (exemplo do Brasil), se encontrando como situações de carência dos meios essenciais à sobrevivência e bem-estar social.
Um outro fator preponderante no que tange ao contexto sócio-econômico são as mudanças no mercado econômico mundial, determinado pelos fortes impulsos no setor financeiro, grande característica do mundo globalizado. Tais características são oriundas visivelmente pela implementação de grandes e sofisticados processos informatizados (tecnológicos) no mundo empresarial, causando indiscutivelmente uma enorme concentração de renda, tanto nas grandes corporações mundiais como no Brasil, disseminando na cultural entre os povos de uma apartação social, ou seja, que é pobre fica mais pobre, bem como mais gente empobrecendo. Assim, cria-se nesta concepção uma grande ponte, onde de um lado permanece os ricos, do outro os pobres, fazendo a contínuo ideologia da cultura da pobreza, culpando os próprios pobres pela sua miserabilidade social.
A exclusão social também tem sua origem nas ideias neoliberais. Pois, o Projeto Neoliberal prega a redução da participação do Estado na economia; liberdade nas taxas de câmbio e de juros; redução dos direitos trabalhistas; liberdade de ação ao capital estrangeiro; privatização e liberalização da economia; o desaparecimento dos programas sociais (seguridade social, construção de moradias, leis do salário mínimo, legislação a favor dos sindicatos, impostos sobre as importações, controle de prços sobrer os produtos da cesta básica) e a destruição do poder de artuculação social dos sindicatos e órgãos de natureza associativista. Nessa perspectiva, no Brasil, mais precisamente no Governo Collor, com o início das privatizações, contribuiram para o aumento da pobreza do povo brasileiro, aprofundando a desigualdade, e acelerando a concentração da riqueza em poucas mãos.
Neste aspecto, pode se aqui discutir: que relação pode-se fazer entre “globalização da economia e neoliberalismo”? É notório, que o processo de empobrecimento e exclusão social estão vinculados ao ideário da globalização da economia e do neoliberalismo, pois, ambos se fortalecem e agregam valores que aceleram os propósitos do capitalismo. Como assim afirma Novaes e Rodrigues: “ Não é incrivel? De um lado, a maioria esmagadora sobrevivendo miseralvelmente do resultado do seu próprio trabalho. Do outro, uma minoria que vive à farta com o resultado do trabalho daquela minoria” ( 2005, p. 201).
Pode-se considerar que o próprio desajustamento social entre ricos e pobres, especialmente o crescimento assutador da miséria na esfera global se tornou caracteristica preponderante dos ideais da globalização e do neolibralismo. Muito se tem observado no contexto global, mais precisamente num âmbito dos ideais capitalistas que aliado ao ideário do neolioberalismo os bens necessários à sobrivência, especialmente dos menos favorecidos, são hoje fonte de comércio e lucro, como afirma Novaes e Rodrigues 2005: “Há hospitais para ricos e hospitais para pobres. Restaurantes para ricos e restaurantes para pobres. Roupas para ricos e roupas para pobres. Habitação para ricos, habitação para pobres. Etc. para ricos e etc. para pobres” ( p. 203). Ainda acrescenta:
O capitalismo transforma tudo num negócio. A saúde (medicina) vira negócio; a educação vira negócio; a alimentação vira negócio; a cultura vira negócio; a organização urbana vira negócio. Tudo passa a ser regido pela batuta do lucro. Tudo isso, meus caros, porque, na verdade, o capitalismo não tem o menor apreço nem o menor respeito pelo homem. Sente-se tão culpado disso que procura aparecer o mínimo possível” (Novaes e Rodrigues 2005, p. 206).

Tal compreensão dos efeitos danosos sobre a população mundial, a partir dos atuais índices de aumento do desemprego em alguns país e a aceleração grandiosa da miséria, especialmente nos países africanos. Para o povo brasileiro, ainda é precária a distribuição da renda; as políticas de assitência social (atualmente como paliativos); a assistência a saúde (hospitsis públicos desaparelhados); políticas de emprego e renda e a reforma agrária. Todos estes aspectos se diretamente vislumbrado sob uma concepção onde o centro da economia não seja apenas o lucro,mas o ser humano, pode-se conceber um cenário global mais justo e igualitário a serviço de todos e para todos.

CONCLUSÃO

Uma última pergunta a ser aqui enfatizada é que alternativas no atual contexto global pode ser levadas em consideração quando falamos em construir um outro tipo de globalização para o cenário mundial onde estamos inseridos? Neste aspecto incialmente é imprescindível conceber a necessidade de superar a lógica da globalização competitiva, característica principal dos país onde o nível de desemprego é catastrófico. É preciso pensar num projeto global onde a lógica parte dos princípios da cooperação e da solicariedade.
Há muitas discussões que prevê um outro mundo a partir do olhar humano para com as pessoas, ou seja, cada pessoa dentro desta Aldeia Global deverá ser concebida como centro gerador do desenvolvimento de si mesma e das coletividades a que pertence, e pensar que cada comunidade humana e nação nesta mesma visão permite em coletividade construir uma globalização que se inicie de “baixo para cima”, nunca como um pacote pronto.
O grande problema da globalização, é o tipo de globalização que apenas enxerga o ser humano como produto, comércio, mercadoria, lucro, acarretando enormes discrepâncias sociais. Sendo assim, uma globalização de caráter essencialmente cooperativa, onde o “eu” esteja a serviço do “nós” e não meramente com enfoque neoliberal, priorizando os aspectos do individualismo sobre o de convivência solidária.
Percebe-se que muitas outras discussões afloram no que se refere às possibilidades e alternativas de uma outra aldeia global mais humana. Necessário também pensar numa sociedade não reduzida aos donos do capital, mas constituida por indivíduos, por cada homem, cada mulher, cada criança, cada jovem que a ela pertence, e pelo conjuntos dos cidadãos organizados imbuídos pelos ideais de justica e equidade.
Paratanto, a Globalização da economia aliada aos interesses neoliberais se situa como mecanismos ideológicos que deve ser combatido. Pois: “ (...) O neoliberalismo não se constitui num Projeto de emancipação humana; onde ele chega não chega como advento e surpresa de algo novo, chega com a perniciosidade de uma caixa de pandora. E por sua característica anti-humana que ele se torna um caminho a ser combatido” (Holanda, 2001, p. 79-80).
Contudo, uma sociedade global a ser construída de forma persistente partiria de ações movidas pela coletividade e por projetos de educação permanente orientada na sua totalidade por ideais de cidadania. Sendo assim, um outro mundo a ser chamado à sua constituição parte inicialmente do sujeito consciente e ativo do seu próprio desenvolviemtno e cosntrutor de sua própria história.


REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA:


BARBOZA, Sérgio de Goes. Globalização.______In Serviço Social: Formação Básica – Fundamentos Teóricos-Metodológicos e a Questão Social. Londrina: Editora Unopar, p. 27-38, 2008.
HOLANDA, Francisco Uriban Xavier de. Do Liberalismo ao Neoliberalismo: o itinerário de uma cosmovisão impenitente. 2. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2001.
NOVAES, Carlos Eduardo; RODRIGUES, Vilmar. Capitalismo para principiantes: a história dos privilégios econômico. 27. ed. São Paulo: Ática, 2005.



UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO

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